If you talk to a man in a language he understands, that goes to his head. If you talk to him in his own language, that goes to his heart.
Nelson Mandela
É no coração que está o homem em sua inteireza, os seus princípios e precipícios, sua história e a de seu povo, as cores, os cheiros e sabores de sua cultura, e a chave para entrar neste novo velho mundo está em se apropriar do seu idioma.
Isabela Ecker, por experiência, nos traz uma reflexão nem sempre evidente, de que aprender uma nova língua é um exercício físico, mental e espiritual. Um esforço que exige estar aberto ao novo, mas sem tropeçar na armadilha das comparações e dos preconceitos. Lembre-se, você é o estranho, o estrangeiro.
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Boa leitura.
Para mim, uma fonte de preocupação sempre foi o idioma.
Assim que imigrei, tive vontade de sair e explorar a cidade, principalmente para degustar as delícias da Itália. Mas quando eu lembrava que teria que falar em italiano, isso me fazia desistir e decidia ficar em casa muitas vezes.
Foi assim por um período, até que consegui me matricular em um curso e aos poucos aumentar minha confiança e ir me arriscando no novo idioma.
Com o passar do tempo, isso ficou mais fácil, já conseguia me comunicar e me expressar de várias maneiras. Mas ainda assim, muitas vezes me pegava sem saber qual palavra usar ou com aquela sensação de ter usado o termo errado, o que levava a uma certa confusão.
Nem sempre os nativos serão compreensíveis, muitas vezes vão te olhar com aquela cara de “que diabos você quer dizer?” E aí entramos com o nosso jogo de cintura brasileiro para ler o contexto e tentar descobrir onde a nossa falha foi feita e corrigi-la.
Isso quando não somos paralisados pelos sentimentos de inadequação que essa situação traz, o que pode refletir na nossa auto-estima e confiança, e até mesmo alguns traumas.
Ter que pensar em tudo isso antes mesmo de nos comunicarmos, pode nos gerar um grande cansaço mental. A verdade é que nosso cérebro trabalha muito mais para que possamos nos comunicar no novo idioma.
A tendência, com o passar do tempo e da nossa exposição à língua, é que essa fatiga fique menor, mas enquanto isso podemos criar estratégias para enfrentar esse estresse mental, que a longo prazo pode ser um fator de risco para outros transtornos, como a depressão, burnout e ansiedade.
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